quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Silêncio


...Aquieta-te, sombra panovesca
Aquieta-te e vê o reflexo
Dos teus traços morrentes
Em vida, dormem mortos
Mas algo em ti ainda pulsa

Decrépito em caminhar
Aleijado em existir
Estéril em insistir
Por que não dormes?

Pelos teus sonhos?
Aquelas velharias?
Tudo aquilo que poderias...se pudesses?

Mas não podes
Então antes do fim...uma carta?
Ora, uma carta!
Com mil porquês
Não pudeste em silêncio
Se despedir do dissabor
De sentir-se nada nesta vida?

Palavras parvas de um pavão
Parvo! Palavras opacas
Ante uma muralha espelhada
Teus olhos nela se vêem
E refletem as tuas profundezas
Perfeitamente incompreensíveis...
André Díspore Cancian

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